quarta-feira, setembro 17, 2008

A resposta curta

Nesses momentos de crise sempre surgem os supostos "previsores" de crises e os grande sábios críticos das finanças - "Veja, a bolha imobiliária era óbvia, o mercado de mortgages claramente iria ruir, bla bla blá". Na maioria absoluta else só aparecem depois que a crise acontece, como sempre.
Se a crise era tão óbvia, tão previsível, porque estas pessoas não entraram na ponta contrária? Por exemplo, comprando opções de venda de índice ou operando no mercado futuro? Seria muito fácil operar nestas pontas, já que estes mercados tem alta liquidez. Além de provar que os estudiosos de finanças sabem pouco, você ficaria milionário.
(Argumento - Silvio Santos - Eu Só Acredito Vendo).
O problema está no desconhecimento total dos conceitos básicos de finanças, como por exemplo a idéia de arbitragem. Arbitragem, de forma bem simples e informal, se resume a idéia de obter um lucro certo com custo zero, sem risco. É muito fácil dar qualquer opinião, escrever um post em um blog. Mas quero ver colocar apostar seu dinheiro na sua opinião em uma função de perda real.
Como coloca o Selva - "Todo economista, talvez até mesmo alguns economistas de porta de cadeia, sabe que um Ph.D. em finanças garante um excelente salário e muito pouco conhecimento."
Pelo que se ensina em um curso básico de economia, em um mercado competitivo (por exemplo assuma que neste mercado exista livre entrada e tenhamos vários sábios economistas) salário é dado pela produtividade marginal do trabalho. E assim segundo a teoria econômica básica, se o salário é elevado ele deve refleter um "insumo" mais valioso. Ou isso é verdade ou podemos jogar a teoria econômica básica no lixo. (Claro que podem ocorrer desvios e imperfeições, mas em média e de forma persistente os salários são muito mais elevados).
Essa é a resposta informal. A formal segue no próximo post.